Na noite de domingo (27) uma festa particular terminou em tragédia na Tijuca. O major militar reformado, Anastácio Pederneiras de 75 anos matou três jovens e feriu cinco que estavam numa festividade em uma residência vizinha à do aposentado. Segundo o sargento Tobias, do 10º DP, o aposentado estava revoltado com as festas rotineiras dos vizinhos “O major disse que eles só ouviam Bonde do Tigrão e que era bonde pra cá, bonde pra lá, passar cerol na mão. Ele não agüentava mais.”Portando uma submetralhadora de uso exclusivo das Forças Armadas e um martelo, Anastácio invadiu o sobrado em que a festa acontecia e disparou mais de 30 vezes contra os jovens.
Janaína Gonçalves, uma das moças que estava na festa, disse que o aposentado entrou na residência já efetuando os disparos “Foi tudo muito rápido, ele entrou atirando nos meus amigos. Quando ele conseguiu ferir o Jorge (dono da casa) ele pegou um martelo e bateu na cabeça dele”. A jovem ainda disse que o aposentado gritava frases sem sentindo como “Estão vendo o martela o martelão panacas?”. O aposentado só parou quando teve uma crise de tosse devido a um enfisema pulmonar, informou o sargento Tobias.
Anastácio prestou depoimento e foi para casa. Questionado na saída da delegacia, o major esbravejou “Não me importo! Nos tempos da ditadura esses jovens teriam o castigo que merecem por desrespeitar a ordem pública. Mas vivemos essa fanfarra de hoje em dia e não será problema nenhum passar uns tempos na cadeia”, finalizou o aposentado.
Segundo o delegado Paulo Falcão, o major aposentado poderá responder o processo em liberdade devido a sua idade avançada e seus problemas de saúde.
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