Onde sub-celebridades, leia-se ex-bbbs;
Sub-bandas, leia-se coloridos; sub-vampiros, leia-se Crepúsculo; servem de tema
para sub"famosos", leia-se vlogs. Estes que por sua vez são seguidos
por uma sub ''geração'', leia-se emos.
Os pensamentos são resumidos em
frases de 140 caracteres, geralmente engraçadas e sem efeito. Pensar para falar é ultrapassado. A moda é
falar no ritmo frenético de um repentista, mesmo ainda que sem rimas e sem conteúdo.
Afinal para que mais serve o pensar, já que temos o ''Google responde''.
Nada se produz de novo, tudo
segue a mesma velha formula de sucesso.
Tudo é bom o bastante, desde que venda. Nem mesmo a conta desta formula
tem algo de complexo, é simples, se o lixo vende reciclamos o lixo até a
exaustão. Que mal tem se pagamos a conta e somos considerados um lixo? Nessa linha o
lixo vira tendência, moda, torna-se Cult, cria escola e vira qualquer coisa mais
que o dinheiro conseguir transformar.
Se as notas não são fáceis, não
servem para essa interpretação instantânea e acomodada. Agora são os ritmos e
as rimas fáceis que fazem a alegria geral da nação, eles ecoam no vazio das
mentes. E se reproduzem como praga no jardim de notas repetidas.
Nada mais surge sem ter antes um
exército por trás, maquinando como lucrar com essa brecha aberta pela sorte.
Trabalhando incessantemente para aproveitar os minutos escassos dessa obsolescência
programada. As estratégias, acordos e encenações são as mais mirabolantes possíveis,
a fim de manter a apática platéia hipnotizada.
"Penso logo existo" ganhou uma nova
versão: "Apareço logo insisto".
As redes sociais são os melhores
amigos de qualquer um. É confortável falar para todos e para ninguém ao mesmo tempo.
Reproduzir é palavra de ordem.
No caminho largo segue a manada
feliz e vendida, cantando em coro as mesmas canções, reproduzindo em sintonia
as mesmas mensagens sem sentido.
2 comentários:
Eu ri para não chorar. O texto é uma boa leitura nessa falta de pensamentos. Infelizmente tenho que concordar com as verdades apontadas. Abraço!
Muito bom o texto.
Postar um comentário