24/11/2008

Uma leitura Machadiana dos fatos

O que Machado de Assis o Bruxo do Cosme Velho diria, sobre:
 
 Crise dos bancos americanos: 
"Não há bancos eternos. Todo banco nasce virtualmente quebrado; é o seu destino, mais ano, menos ano". 

 Polícia (mesmo após mais de um século):
"A polícia pode não ser boa, pode não ter sagacidade, nem habilidade, nem método, nem pessoal, mas com tudo isso - ou sem tudo isso - é instituição necessária”. 

 Nossa Internet (profetizou Machado):
"Quando se aperfeiçoar o vapor, quando unido ao telégrafo tiver feito desaparecer as distâncias, não hão de ser só as mercadorias que hão de viajar de um lado a outro do globo, com a rapidez do relâmpago; hão de ser também as ideias!" 

 Mesmo em seu tempo,  Machado via o que muitos ainda não enxergam em nosso tempo, porque comO ele mesmo disse, enxergava longe, com seus olhos de míope: 
" Eu gosto de catar o mínimo e o escondido. Onde ninguém mete o nariz, aí entra o meu, com a curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto... Eu apertei meus olhos para ver cousas miúdas, cousas que escapam, ao maior numero, coisas de míopes. A vantagem dos míopes é enxergar onde as grandes vistas não pegam”.

 Sempre buscando o trágico da vida em uma visão cética que detém as aparências minuciosamente. Sua arte tem um misto de sentimento e razão. Machado alcança o seu ideal de Bruxo atemporal e nos leva a um pensar critico sem limite de tempo. Por estas e outras que  Machado de Assis foi e sempre será  uma contribuição brasileiríssima à literatura mundial, uma obra atemporal, tal como seu criador. Tanto é que até hoje Dom Casmurro é estudado pelos críticos de todo mundo, tentando decifrar suas obras, inventariando sobre as causas do seu tormento social e pessoal. Deste que ainda em vida, aos seus cinquenta anos já era considerado o maior escritor do país quiçá um dos maiores criadores literários do mundo.

Nenhum comentário: